Isaac Sidney ainda relatou que as instituições financeiras verificaram um aumento entre 60% a 70% de golpes contra idosos durante a pandemia
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou hoje que as instituições financeiras estão prontas para aumentar margem de empréstimos consignados a idosos, como forma de evitar a migração para contratos com juros mais altos.
“É uma medida que pode ajudar que o idoso não entre numa ciranda financeira. Nós temos percebido que muitos idosos têm migrado do crédito consignado para créditos mais caros. E os bancos estão prontos para atender a uma recomendação do Conselho Nacional de Previdência Social para aumentar a margem consignável e evitar que o idoso acabe acessando linhas de crédito mais caras”, afirmou Sidney, durante evento do governo federal em que foram anunciadas medidas em benefício da população idosa em função da pandemia de covid-19.
O presidente da Febraban não entrou em detalhes sobre alteração de valores e margens para os empréstimos. Em seu discurso, Sidney relatou que as instituições financeiras verificaram um aumento entre 60% a 70% de golpes contra idosos durante a pandemia, o que foi potencializado pela necessidade de uso de canais digitais.
“Os golpes aumentaram no momento em que os idosos precisaram ficar em casa e acessando canais digitais dos bancos”, relatou. “Os criminosos começaram a se aproiveitar que os idosos tinham mais necessidade de acessar os canais digitais.”
A Febraban lançou em cerimônia no Palácio do Planalto uma campanha de mídia para esclarecer a população sobre possíveis tentativas de golpe. Segundo Sidney, os bancos gastam anualmente R$ 2 bilhões com fraudes e outros R$ 25 bilhões em sistemas de proteção contra a ação de bandidos.